quarta-feira, 17 de outubro de 2012

CRISE CONSTANTE - PM enfrenta mais uma falta de gasolina

Boa parte das viaturas e motos da Polícia Militar estavam paradas na tarde de ontem nos quartéis

Por: TARSIRA RODRIGUES

Mais uma falta de combustível na Garagem do Governo. A denúncia partiu da Associação dos Policiais e Bombeiros Militares do Estado de Roraima (APBM). Conforme a informação, as viaturas da PM foram abastecidas com uma reserva que estava armazenada no Parque de Exposições, onde funciona a sede do Esquadrão da Cavalaria Militar.

O mais grave é que o combustível que salvou o trabalho operacional da PM ontem teria vindo da Venezuela, produto de descaminho, conforme a APBM.  Nos últimos dois meses, a Folha já noticiou três vezes a falta de combustível na Garagem do Governo e, com isso, a deficiência no policiamento ostensivo da Capital.

A falta de combustível, segundo a coordenadora-geral da APBM, Quésia Mendonça, provoca prejuízo às atividades estatais, sobretudo dos serviços essenciais. “A Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Civil vêm tendo seus serviços comprometidos devido à falta de combustível”, afirmou.

Na Garagem do Governo, os funcionários confirmaram a falta do combustível, mas explicaram que o problema seria na balsa do Amazonas, além do atraso no pagamento de algumas faturas ao fornecedor. Ressaltaram que a situação estava sendo resolvida pela Secretaria de Estado de Administração e Gestão Estratégica (Segad). Em contato com a Segad, a Assessoria de Comunicação informou que as faturas foram pagas ontem e que o fornecimento deverá retornar ao normal hoje, 17.    

Em uma visita ao 1º Batalhão da Policia Militar, instalado dentro do Parque Anauá, ao 2º Batalhão localizado no bairro Pintolândia, a Folha registrou aproximadamente oito viaturas paradas.  O comandante do 1º Batalhão da Polícia Militar, coronel Rosael Dias confirmou a falta de combustível, mas disse que não atingiu a PM.

Segundo ele, os carros foram abastecidos com uma reserva que estava armazenada no Parque de Exposições. Sobre a denúncia de que o combustível poderia ser oriundo da Venezuela, o coronel disse que a informação repassada pela Associação dos Policiais e Bombeiros Militares não procede. Segundo ele, o combustível foi adquirido no Estado de Roraima.   

Associação vai requerer informações sobre procedência do combustível


No Parque de Exposições, os recipientes onde a gasolina estava depositada já estavam vazios  
 

A Associação dos Policiais e Bombeiros Militares do Estado de Roraima (APBM) questiona a origem do combustível disponibilizado pela Corporação. Para a entidade, as normas de segurança para armazenamento do produto deveriam ser respeitadas.

A coordenadora-geral da APBM, Quésia Mendonça, afirmou que a forma como foram abastecidos os veículos indicam que o conteúdo dos carotes possivelmente não foi obtido da forma “convencional”.

“Acreditamos que este combustível deveria ter sido adquirido pela logística estatal e armazenado conforme as normas nacionais de segurança. Nós, da APBM, cremos que aquela gasolina é oriunda do país vizinho [Venezuela]”, afirmou a coordenadora ao completar que, durante as eleições, alguns veículos descaracterizados foram vistos abastecendo no Esquadrão da PM.

A associação deixou claro que vai requerer a Polícia Militar informações relativas à origem da gasolina, quantidade armazenada e quais veículos fizeram uso. Ela também manifestou que iria entrar com uma representação no Ministério Público para que investigue a origem e as condições de armazenamento do material, bem como o sistema de manipulação e segurança.

Fonte: FolhaBV

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