quinta-feira, 22 de julho de 2010

Empresários reivindicam mais segurança

Empresários reivindicam mais segurança

Foto: Vagner San

 

 

 

 

Secretário de Segurança Pública, Elieser Girão Monteiro, pede que empresários registrem ocorrência

 

 

 

 

NATANAEL VIEIRA
Os constantes casos de roubos e furtos registrados em Boa Vista, principalmente no comércio, têm deixado os empresários preocupados. Por conta disso, cerca de 20 comerciantes participaram ontem de uma reunião com o secretário de Segurança Pública, Elieser Girão Monteiro. Eles querem mais segurança na área comercial, sobretudo na periferia da cidade, onde as ocorrências desse tipo de crime são muitas.


Para a secretária executiva da Associação dos Distribuidores Atacadistas de Roraima, Gisana Maia, é preciso combater esse sentimento de insegurança, para isso ela disse que seria importante que o policiamento ostensivo nas ruas fosse intensificado, uma vez que o número de assaltos ocorridos na cidade vem preocupando a classe de comerciantes.


O empresário José Kauffmann disse que somente este mês seu estabelecimento comercial, localizado no bairro Pintolândia, foi alvo dos bandidos por duas vezes, acumulando um prejuízo de aproximadamente R$ 6 mil. “Meus funcionários que estavam no comércio foram assaltados por duas vezes em menos de duas semanas. Então, resolvemos pedir ajuda ao poder público. Queremos mais policiamento nas ruas”.


Com relação à reivindicação da classe, o secretário Elieser Girão Monteiro afirmou que está com um plano estratégico para que a população tenha maior efetivo das polícias. “Eu orientei os comerciantes sobre a importância de denunciarem todas as ocorrências que vierem a acontecer, para que a polícia faça um trabalho investigativo em cima desses crimes”.


O secretário informou que já havia convocado por duas vezes os empresários para tratar do assunto, mas que não compareceram em massa e que somente ontem foi possível um melhor diálogo. “Infelizmente, ainda não temos de imediato como colocar policiais em todos os lugares”, disse.


“Nós possuímos um enquadramento de legislação que não permite, por exemplo, que tenhamos postos da Polícia Militar dentro de parte do território do estado, uma vez que são áreas indígenas, o que entendemos ser uma coisa errada”, ressaltou. Ele entende que a PM teria que fazer o policiamento repressivo e ostensivo dentro de qualquer parte do território nacional. “Esse conteúdo foi passado para os comerciantes”, disse.


O secretário solicitou dos comerciantes, em contrapartida à reivindicação deles, que apresentassem os Boletins de Ocorrência e todas as informações de assaltos que tenham ocorrido e que não prestaram queixa. Essa medida servirá para que a Polícia Civil possa investigar e colocar na cadeia os assaltantes.


“Eu pedi para eles reforçarem as medidas de segurança preventiva de seus estabelecimentos. Vou fazer um ofício para o comandante da Polícia Militar solicitando mais policiamento nas ruas, sobretudo nos setores comerciais, para que esses comerciantes se sintam mais seguros”, afirmou o secretário.

ESTATÍSTICA - De acordo com estatísticas da Secretaria de Segurança Pública, no ano passado foram registrados 190 furtos no comércio roraimense, um a mais que em 2008, quando foram detectados 189 crimes dessa natureza. Os roubos também aumentaram nesse mesmo período no comércio. Foram 35 em 2009 contra 27 registrados no ano anterior.

 

Entenda a diferença entre furto e roubo

 

O furto é um crime previsto nos artigos 155 do Código Penal Brasileiro, que consiste na subtração de coisa alheia móvel para si ou para outrem, com fim de assenhoramento definitivo. Difere do roubo por ser praticado sem emprego de violência contra a pessoa ou grave ameaça. A pena varia de um a quatro anos de reclusão mais multa.


Já o roubo é o ato de subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência à pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência. No Brasil, a pena prevista para este crime é de reclusão, de quatro a dez anos, e multa (art. 157, caput, do Código Penal).

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