quinta-feira, 12 de agosto de 2010

PMs denunciam que diárias estão atrasadas

 

NEURACI SOARESimage

Policiais militares que atuam no Comando de Policiamento do Interior (CPI) e que servem na missão Ácaro, dando apoio aos fiscais da Secretaria Estadual de Agricultura, em Novo Paraíso, no Município de Caracaraí, denunciam que estão sem receber diárias desde agosto de 2009. O Comando Geral da Polícia Militar de Roraima nega a informação.
Um policial disse que todos os policiais que atuam na CPI entram nessa escala, tendo que tirar serviço por uma semana em Novo Paraíso, dando suporte de segurança aos agentes da Secretaria Estadual de Agricultura e Pesca (Seapa) que atuam no combate ao ácaro vermelho revistando as cargas que entram e saem do estado.


Cada diária, segundo o policial, custa R$ 60,00, mas o Comando Geral da PM cortou R$ 13,00 desse valor alegando que os policiais já recebem auxílio-alimentação, por isso não teriam direito ao valor integral.
Mas a denúncia principal dos policiais é em relação ao atraso no pagamento das diárias, que, segundo eles, não é efetuado desde agosto de 2009, ou seja, há um ano. Eles afirmam ainda que não têm o direito nem mesmo de perguntar sobre os processos de pagamento, pois são ameaçados e constrangidos.


“Quando vamos ao financeiro da PM perguntar sobre nossas diárias, não nos informam com precisão o que está acontecendo nem previsão de quando serão pagas. Alguns colegas chegaram a mencionar que não atenderiam a escala, pois não teriam dinheiro para custear sua estada por uma semana em Novo Paraíso, tendo que pagar hospedagem e alimentação do próprio bolso, mas foram ameaçados e até mesmo perseguidos”, relatou o policial.


Entre as ameaças supostamente sofridas pelos policiais por parte de militares do comando da instituição, segundo eles, estaria a frase: “Nada é tão ruim que não possa ficar pior”. “Essa frase quer dizer que se não nos sujeitarmos a essa escala sem diárias, poderemos ser transferidos para locais ainda piores, como já aconteceu com alguns colegas, ou ainda sofrer outras sanções, como outros que tiveram seus nomes retirados da lista de policiais que deveriam participar de cursos”, enfatizou o policial.


COMANDO – O comandante-geral da PM, coronel Gleisson Vitória, disse que a denúncia não procede e que não existe processo de pagamento de diárias em atraso na corporação.


O coronel afirmou que assina de 30 a 40 processos de diárias por semana, chegando a um montante de mais de 100 processos por mês, de policiais militares que atuam em missões diversas no interior do estado, como na missão Sentinela, no Município de Pacaraima, fronteira com a Venezuela, e operações da Secretaria Estadual de Fazenda (Sefaz), em Jundiá, divisa com o Amazonas, e em Pacaraima.


“Mas estarei buscando informações mais precisas do meu financeiro para saber se há possibilidade de ter algum processo de pagamento de diárias atrasado. Mas esse levantamento não pode ser imediato e somente amanhã [hoje] terei essa resposta”, disse o coronel Vitória.  
Sobre as denúncias de ameaças e perseguição contra os policiais que buscam informações a respeito das diárias, o comandante-geral da PM disse que não tem conhecimento desse fato e não acredita que tal situação aconteça na corporação.

 

Fonte:  http://www.folhabv.com.br/noticia.php?id=92342

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