O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) adiou nesta quinta-feira o julgamento do recurso do Ministério Público Eleitoral que pede a cassação do mandato do governador de Roraima, José de Anchieta Júnior (PSDB), por abuso de poder político nas eleições de 2006. O julgamento foi remarcado para a próxima quarta-feira (16).
O presidente do TSE, ministro Carlos Ayres Britto, disse no início da sessão que o adiamento foi em razão da cerimônia de lacração das urnas eleitorais que serão usadas no plebiscito que vai decidir sobre a criação de novo município em Rondônia.
Em junho deste ano, a Procuradoria Geral Eleitoral recomendou a cassação de Anchieta Júnior. O tucano herdou o Estado do governador Ottomar Pinto (PSDB), que morreu em 2007. Ele era vice de Ottomar. Segundo parecer do vice-procurador-geral eleito caracterizando abuso de poder político e conduta vedada".
O TRE-RR (Tribunal Regional Eleitoral) de Roraima absolveu Ottomar e, em outubro de 2008, o Ministério Público Eleitoral recorreu ao TSE para transferir o processo para Anchieta. Para a Procuradoria, apesar de Ottomar ter morrido, Anchieta só conseguiu seu mandato "graças a supostas condutas ilícitas e ilegais praticadas na campanha" e do vale-solidariedade em dobro em ano eleitoral.
Entre as supostas irregularidades apontadas pela Procuradoria está a contratação de mais de 3.000 funcionários terceirizados durante o período eleitoral, além de outros 4.000 estagiários, em maio de 2006.
A Procuradoria também aponta a distribuição de geladeiras e outros bens no Dia das Mães de 2006, o que configuraria crime eleitoral, e títulos de propriedade do Instituto de Terras de Roraima.
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