Soldado que atirou em oficial é condenado a 12,9 anos de prisão

Durante o julgamento, Anderson ficou sentado entre dois colegas de farda e à noite recebeu a sentença.

A Justiça Militar condenou ontem depois de quase sete horas de julgamento, o soldado da Polícia Militar, Anderson Araújo Alves. Ele foi sentenciado a uma pena de 12,9 anos de prisão, por entre outros crimes, ter atirado contra um superior hierárquico. Anderson foi denunciado pelo Ministério Público Estadual, pelos crimes de tentativa de homicídio, desrespeito ao superior hierárquico, receptação de produto de crime a militar de serviço.
O julgamento aconteceu no auditório do Fórum Sobral Pinto por toda a tarde de ontem e por volta das 20h30 a juíza de direito que presidiu a sessão, deu o veredicto. A sentença foi acompanhada por quatro oficiais da Polícia Militar que fazem parte do corpo de julgadores. O soldado foi defendido pelo advogado Ednaldo Gomes Vidal, que tentou absolvê-lo das acusações, porém não teve êxito.
Anderson foi preso na madrugada do dia 8 de setembro do ano passado durante uma bebedeira em um posto de combustível no bairro Jardim Floresta. Naquela ocasião, populares e os próprios funcionários do posto ligaram para a Polícia Militar e denunciaram que ele estava promovendo desordem no local e ainda exibia uma arma de fogo.
Algumas equipes de policiais militares que estavam de plantão foram atender a ocorrência. Entre os policiais estava o capitão Ademildo José Barreto Magalhães, que como outros colegas de farda tentaram controlar o soldado embriagado, mas Anderson não obedeceu e além de desacatar seu superior agrediu o oficial com soco no rosto e ainda sacou a arma para seus colegas.
O capitão tentou tirar a arma dele e os dois entraram em luta corporal e durante a briga, a arma do soldado disparou duas vezes e atingiu o oficial no rosto e na virilha. Foi preciso que outro policial atirasse na perna de Anderson para poder contê-lo. Tanto ele como o oficial foram socorridos ao Pronto Socorro Estadual e na mesma madrugada Anderson recebeu alta. Já o capitão permaneceu internado por alguns dias e atualmente, segundo a Folha apurou, encontra-se realizando curso fora do Estado.
Ainda ontem após ouvir a sentença de condenação, O soldado Anderson voltou para a prisão militar no CPC (Comando de Policiamento da Capital).

Fonte: FolhaBV