O governo do Estado do Maranhão e os policiais militares em greve há uma semana no Maranhão não chegaram ao acordo e a mobilização continuará até pelo menos sexta-feira, quando está marcada mais uma rodada de negociações. Enquanto não há definição, a população maranhense sofre com a falta de policiamento ostensivo nas ruas.
O principal impasse entre governo e grevistas é salarial. Os policiais em greve, que recebem hoje R$ 2.028, querem recebem pelo menos R$ 2.460, mais reajustes anuais de 6% até 2015. O governo do Estado ofereceu aumento para R$ 2.240, vigorando a partir de março do ano que vem.
Outras questões já foram discutidas e o governo já sinalizou favoravelmente como o envio de um projeto de lei de anistia à Assembleia Legislativa favorável aos grevistas e a redução da carga horária de trabalho.
Segundo o secretário de Projetos Especiais do governo do Estado, João Alberto, a base da categoria está disposta a fazer um acordo. O problema são sindicalistas de outros estados que apóiam o movimento. “Eu não sento mais para negociar com eles”, disse Alberto. “Processo de negociação é sempre penoso, mas acredito que houve um avanço”, complementou o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Maranhão (OAB-MA), Mário Macieira. O comando de greve informou que os índices de aumentos propostos pelo governo estão longe do ideal.
Outro ponto que não foi negociado é a implementação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) da Polícia Civil do Maranhão. Os policiais civis aderiram à greve dos militares na segunda-feira à noite. Nesta quarta-feira, os policiais civis tentaram desistir do movimento mas foram convencidos a permanecer na greve, pelo menos até esta quinta-feira (1).
Nas ruas, mesmo com um efetivo de 2,1 mil homens do Exército, Força Nacional, Aeronáutica e Marinha, a população da capital ainda sofre com a insegurança. O governo do Estado afirma que não houve acréscimo do número de ocorrências, mas também não divulgou números oficiais. Somente nesta quarta-feira, houve um homicídio, um assalto à um correspondente bancário e um tiroteio em um bairro da zona periférica da cidade.
Até mesmo as unidades móveis de atendimento da Polícia Militar, que ficavam nos bairros, foram retiradas para evitar depredações ou saques. As unidades ficavam nos bairros mais violentos e eram dotados de uma estrutura própria com televisão e equipamentos de rádio.
Houve também pânico no bairro Liberdade, no início da tarde. Um helicóptero do exército fez um voo de treinamento na região e muitas pessoas correram e bandidos procuraram casas de populares para se esconder. O bairro Liberdade é conhecido como o mais violento de São Luís.
FONTE: PolicialBR
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