sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Em Pauta na Folha de Boa vista

É preciso que as autoridades, envolvidas até o gogó com a campanha eleitoral, prestem atenção no que está ocorrendo na Polícia Militar, principalmente depois do episódio em que um soldado atirou em um oficial, na semana passada, e também saiu baleado.


Há tempos que vem sendo alimentada uma disputa interna que só aumentou nesse período eleitoral. Tudo começou com a greve encabeçada pela Associação dos Policiais e Bombeiros Militares do Estado de Roraima (APBM), que de certa forma saiu vitoriosa nesse embate, embora todos tenham saído arranhados por causa do desgaste que um movimento desse provoca.
E o embate interno, entre os que aderiram à greve e os que foram contra a manifestação, apresenta seus reflexos também no episódio dos tiros entre o soldado e um capitão. 


Os integrantes da APBM reclamam que existe um constante assédio moral sofrido pelos servidores que participaram da manifestação do dia 30 de março de 2009, em que eles foram anistiados este ano.
Depois da greve, todos os policiais que trabalhavam no Bope (Batalhão de Operações Especiais) e participaram da greve foram transferidos compulsoriamente para a Força Tarefa na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo.


Os participantes do movimento alegam também que já sofreram algum tipo de assédio por parte dos gestores, como serem vetados para trabalhar na Companhia Independente de Proteção Ambiental (Cipa), cortados da lista para integrar o Batalhão Especial de Pronto Emprego (Bepe) da Força Nacional, além de excluídos da lista para integrar o Pelotão Especial de Fronteira (Pefron), também da Força Nacional.


É fato que o soldado envolvido no caso dos tiros com o capitão estava bebendo armado, mas há de se observar que ele também figura como uma das pessoas que apoiou a greve.


Relatos de quem ouviu as transmissões dos rádios daquela noite indicam que a ocorrência acabou por se complicar em virtude dessa briga interna. Mas isso quem vai comprovar é a investigação. O que queremos chamar a atenção é para o acirramento dos ânimos.


É preciso, por parte de quem comanda a PM, pulso firme, habilidade e competência para extirpar quaisquer resquícios que ainda possam existir dentro da Corporação, seja pelo caso da greve, seja por motivação político partidária ou pelos tiros entre soldado e capitão.


Se essa atitude não for tomada por quem comanda, a situação pode piorar por parte dos comandados.  Afinal, sabe-se que a PM está rachada ao meio por causa das eleições. E isso não é um bom sinal, muito menos para a população que já vive sobressaltada por causa da violência urbana.

 

MUDANÇAS


Ainda sobre a Polícia Militar, a Em Pauta recebeu a denúncia de que comandantes que se declararam eleitores da oposição foram transferidos de seus destacamentos sem nenhum motivo que não seja o eleitoral. Há relatos de que isso ocorreu em Caracaraí, Iracema e Rorainópolis. Haveria um caso de um soldado em Pacaraima. Com a palavra, as autoridades!


ESQUENTA 1


À medida que esquenta o horário eleitoral no rádio e na TV, cresce o acirramento dos ânimos entre correligionários e cabos eleitorais, principalmente no interior do estado. Há registros de que coligações estão derrubando as placas de campanha de seus adversários no São João da Baliza, no sul do estado.


ESQUENTA 2


A Justiça Eleitoral e a Polícia Federal precisam estar atentas a essas movimentações nas localidades mais distantes, onde o número de policiais é reduzido e não existe fiscalização efetiva. O clima pode piorar e a situação sair do controle nas vésperas e no dia da eleição.


SEM DIREÇÃO


Há pais de alunos da rede pública reclamando que não estão encontrando diretores nas escolas principalmente no horário da tarde. As denúncias dão conta de que há gestores trabalhando somente no período da manhã e, à tarde, dedicam seu tempo a pedir votos.


REVOLTA


O 4º Distrito Policial tem sido o local bastante frequentado por cabos eleitorais nos últimos dias. Lá eles têm denunciado que não receberam o dinheiro do aluguel de seus carros, principalmente de um candidato a deputado federal. Há donos de veículos que já tomaram de volta o carro e agora querem receber o dinheiro da locação.


DOCUMENTOS


Há casos também de candidatos acusados de terem recolhido a documentação de pelo menos duas mil pessoas, com a proposta de trabalhar como cabo eleitoral, mas que até agora não honraram com o pagamento de pelo menos dois meses de trabalho.


CARACARAÍ 1


Com o telefone da delegacia cortado, policiais de Caracaraí são obrigados a usar o próprio celular para atuar em investigações. Foi isso o que relatou familiares de uma adolescente que estava desaparecida. Eles ficaram sabendo ainda que a viatura policial, uma Hilux, estava há mais de quinze dias quebrada, e que uma Frontier funcionava precariamente.


CARACARAÍ 2


As mesmas fontes relataram ainda que um barco tipo voadeira da polícia nunca foi sequer colocado no rio porque não funciona e os coletes balísticos estavam todos vencidos. E os agentes são obrigados a se desdobrar sem protestar, porque reclamar pode provocar represálias.


DE NOVO 1


Um candidato a deputado federal, que no passado quase consegue se eleger prometendo instalar fábricas, foi visto novamente montando um esquema para compra de votos. Desta vez, ele está buscando pessoas que coordenam vendas de perfumes e cosméticos para uma marca famosa.


CELULAR 2


A promessa é que cada promotora de vendas receberá um celular e mais R$ 100,00 por semana para que comprem gasolina. A orientação é que elas consigam 10 votos, cada, entre seus grupos de vendedoras. Isso foi prometido numa reunião com todas as promotoras que representam a marca de perfume, na semana passada.


CARRO


A promessa do candidato vai mais longe e fez brilhar os olhos de várias promotoras de vendas de perfume. Caso ele seja eleito, a promessa é de que cada uma delas ganhará de presente um carro zero quilômetro. Como tem gente que acredita em tudo, é possível que muita gente saia iludida por essa promessa.

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