José Nilton Silva e Eduardo Leite durante entrevista à rádio Folha
Atendendo a pedido do Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Roraima (Sindpol), será realizada, a partir das 10h desta quarta-feira, 23, audiência pública para discutir a segurança pública de Roraima. A iniciativa ocorre na Assembleia Legislativa de Roraima e é aberta ao público em geral.
O Sindpol solicitava a audiência desde maio de 2010. Apenas esse ano os deputados estaduais Brito Bezerra (PP) e soldado Sampaio (PC do B) encabeçaram a causa e recolheram 19 assinaturas para que a audiência fosse realizada.
Conforme o presidente do Sindpol, José Nilton Silva, a estrutura física das delegacias de Boa Vista e dos municípios do interior serão o foco das discussões, além da necessidade, segundo ele, de nomear pessoas técnicas para assumir diversos cargos na segurança, tais como o de secretário de Segurança Pública e o de comandante da Polícia Militar.
Silva foi um dos entrevistados do Agenda da Semana, programa apresentado nas manhãs de domingo pelo administrador Marcelo Nunes, na rádio Folha (AM 1020), juntamente com o presidente do Conselho Comunitário de Segurança Pública, Eduardo Leite. “Eu denominei a audiência de ‘a insegurança na segurança pública’. Precisamos chamar a atenção da população para o assunto. Hoje não é oferecida segurança a ninguém”, explicou o presidente.
Devem participar das discussões, além dos deputados, filiados ao Sindpol e Conselho Comunitário, representante da Secretaria Estadual de Segurança, Associação de Policiais Militares e Bombeiros do Estado de Roraima (APBM), sociedade civil organizada, dentre outros.
“Convidamos todos os cidadãos com disponibilidade a ir à Assembleia para que possamos contar com o maior número de pessoas para debatermos. A segurança é um direito e responsabilidade de todos”, disse Silva. Segundo ele, o Sindpol está preparando um relatório com fotografias para levar à discussão.
O material aborda as condições de delegacias da capital e do interior. Ele citou no Agenda da Semana dois problemas específicos. Um refere à delegacia do Município de Iracema, que funcionaria em prédio alugado, uma vez que a sede original não teria condições para abrigar os trabalhos dos agentes, pois necessitaria de reformas. Outro ocorreria em delegacia de Caracaraí, na qual não haveria nem banheiros para que os funcionários façam as necessidades fisiológicas.
INTERNET – Silva esclareceu ainda que outro ponto a ser abordado refere-se à falta de internet em determinadas delegacias. Ele não especificou quais, porém, afirmou que é comum as linhas telefônicas serem cortadas, algo que evidentemente impede o acesso à rede.
Atualmente, explicou o sindicalista, os policiais civis ficam impossibilitados de acessar programas como o Infoseg (Sistema Nacional de Informações de Justiça e de Segurança Pública), por exemplo. Hoje, em determinadas situações, quando se prende um acusado não é possível saber, por meio dos programas de computador, se a pessoa tem mandado de prisão, algo que facilitaria o trabalho dos agentes da Polícia Civil.
“É importante a participação de todos na audiência para que possamos cobrar das autoridades constituídas [as melhorias necessárias para melhoria] e fazer nosso papel de cidadão”, afirmou ele.
Fonte: FolhaBV
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