Bom dia (Folha de Boa Vista)

 

A reclamação vem de longas datas. Em todos os postos onde os policiais militares tiram serviço, eles dizem que a situação é precária, como Centro Sócio-Educativo, Abrigo de Maria, Penitenciária Agrícola, Cadeia Feminina e Comando de Policiamento da Capital (CPC).

Os policiais afirmam que tudo é feito na “base do gatilho": colchões usados de outros setores e que não servem mais, ar-condicionado velho, mesas e cadeiras caindo aos pedaços, geladeira enferrujada, sem contar a estrutura física dos prédios com infiltrações e instalação elétrica comprometida.

No CPC, onde estão presos ex-procurador condenado por pedofilia, policiais, homicidas e até mesmo estupradores da PA que estão sob a proteção do Estado, os policiais trabalham no improviso.

Lá, os PMs não dispõem sequer de um local adequado para sentar e almoçar, nem que seja por meia hora, num serviço de 24 horas. Em dias de visita, as quintas e domingos, o policial tem que engolir o almoço muitas vezes em pé.

Agora determinaram que o policial tem que ficar as 24 horas na cancela controlando a entrada e saída de todos que entram no CPC, mas o problema é que falta efetivo. Cada guarnição é composta por somente três policiais e às vezes alguns que tiram serviço voluntário.

Sem número de policiais suficientes, a Guarda do CPC tornou-se um dos locais mais vulneráveis que existem, principalmente à noite. E a tudo isso soma-se a insatisfação dos policiais militares, que sonham em ter condições de trabalho digno e um quartel com boa estrutura, como conseguiram os bombeiros.

O lamento é antigo, mas até hoje os policiais não foram ouvidos. Com a palavra, as autoridades. Lembrando que na Assembleia Legislativa a Corporação tem três legítimos representantes.