sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Militares dizem que existe política salarial desigualitária na Administração Estadual


Os benefícios salariais concedidos aos procuradores do Estado, que tiveram a remuneração elevada ao teto constitucional, e o anteprojeto que ora se discute para elevar o subsídio dos servidores da Polícia Civil a partir do ano que vem, comprometendo 95 % do orçamento da instituição somente com pessoal, tem gerado descontentamento em outras categorias que há anos lutam por melhorias salariais.

“Mais uma vez vemos o que ocorreu em 2008, o Governador privilegiando uma categoria em detrimento das outras, tudo por questão de conveniência. A situação está difícil para os policias e bombeiros militares do Estado de Roraima, sempre com a desculpa de crise, de que o Estado está sem dinheiro ou algo assim. O atual governador desdenha da categoria”, desabafou o militar Manoel Nazário Ferreira, membro da Associação dos Policiais e Bombeiros Militares (APBM).

Ele afirmou que a forma como o governado está agindo pode culminar em uma greve geral dos servidores. “Ele (Anchieta Júnior) firmou varias vezes que teria uma política salarial igualitária, mesmo que ineficiente e injusta, para os servidores e o que vemos é o uso de mecanismos indiretos para encobrir tais aumentos”, destacou Nazário.

Conforme detalhou o policial, a administração pública está comprometendo o orçamento de 2012 a 2014 sem se preocupar com o que diz a legislação. Em 2008, foram concedidos 42% de aumento para a Polícia Civil, e teria prometido dar aumento para os militares a fim de corrigir essa distorção.

“Fica tudo na base da promessa, nada é cumprido. Foi informado que o governo contrataria uma empresa para fazer um estudo e criar uma política salarial igualitária, mas o que a gente vê é que nada disso aconteceu. Continua a mesma política de tratar as categorias de forma desigual. Para os militares e professores não tem conversa de aumento salarial. A única coisa que nos é concedida são 4,5% referentes à reposição salarial”, disse.

A categoria está organizando uma assembléia geral, ainda sem data definida, cujo assunto será debatido para deliberar o que deverá ser feito no sentido de buscar melhores condições salariais para os policiais e bombeiros militares.

“Caro governador, as categorias estão esperando uma reunião para tratar das demandas e necessidades. Será que o senhor respeitará as demais categorias ou fará de conta que elas nem existem?”, questionou Nazário.

GOVERNO - O secretário de Comunicação, Rui Figueiredo, afirmou existir uma empresa trabalhando em um diagnostico sobre a estrutura dos cargos e salários da administração pública e disse não haver privilégio de umas categorias em relação a outras.

Fonte: Folha de Boa Vista (impresso)

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