A expectativa foi grande na Câmara Federal, em Brasília. Mais uma vez a PEC-300 não foi votada e um novo encontro ficou marcado para a próxima terça-feira no Distrito Federal. Por conta da decisão, houve tumulto durante a sessão e o clima ficou tenso entre as representações estaduais e os deputados.
Segundo o sargento Simas, presidente da Associação dos Cabos e Soldados (ACS/AL), os parlamentares tentaram todo o tempo arrumar estratégias para mais uma vez adiar a votação da PEC 300, enquanto policiais de todo o Brasil viviam na esperança de que ocorresse. A sessão começou por volta das 19h15 e perto das 21h parecia que o processo iria ter andamento.
Horas após, achando que retardavam a votação, um tumulto foi gerado e os policiais diziam que iram resistir. Para garantir a votação, por volta das 19h15 uma sessão extraordinária foi iniciada e nela mais oito projetos de Lei, além da PEC ficaram de ser submetidos a apreciação e parecer dos parlamentares.
O sargento Simas disse que os deputados estariam tentando enganar os policiais. "Eles querem nos cansar. Uma deputada leu agora um documento de mais de vinte páginas. Na verdade, querem ganhar tempo. Então repudiamos, cantamos o Hino Nacional, eles suspenderam a sessão e acionaram a polícia legislativa para nos retirar das galerias. Mas, vamos resistir e se insistirem em nos retirar vamos reagir"- disse o sargento Simas.
Quem acionou a polícia legislativa e pediu a retirada dos policiais foi o presidente da sessão Marcos Maia, segundo o militar alagoano. Os policiais, fizeram apitaço na área interna da Câmara e cantaram: "Eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor".
Ao final da sessão, o major Fragoso, presidente da Associação dos Oficiais Militares de Alagoas (Assomal) disse que 'nenhum deputado fará os militares brasileiros de otários". Ele referia-se a morosidade percebida e "as estratégias arrumadas para evitar que desse tempo de a PEC ser votada".
Mas assegurou que na próxima terça-feira, durante reunião marcada com lideranças militares em Brasília, a pressão será ainda maior.
"Eles mandaram, perto da meia-noite, uma deputada ler um relatório de mais de vinte páginas para conseguir chegar a esse horário, que seria o estipulado para a finalização dos trabalhos na Câmara, sem dá tempo para mais nada. Mas, não recuaremos. E já começamos a mostrar isso hoje, quando quebramos a lei do silêncio nas galerias" - enfatiza Fragoso.
No início da noite, direto do Distrito Federal (DF), o presidente da Associação dos Oficiais Militares de Alagoas (Assomal), major Fragoso, disse à Gazetaweb que havia, por parte dos militares, muita pressão.
“As galerias estão lotadas e estamos pressionando os deputados. A confiança é de que a PEC passe. O primeiro passo já foi dado que foi o acordo, se não existisse não adiantava colocar a PEC em votação”- ressalta major Fragoso. Segundo o oficial, somente nas galerias estão mais de 800 militares de todo Brasil. A caravana de Alagoas levou para Brasília mais de 40 policiais.
A PEC já passou pela Comissão de Justiça, também pela Comissão Especial. Para ser colocada em votação foi unida a PEC-41- que passou em dois turnos pelo Senado, segundo explicou o major Fragoso e assim foi acatada por unanimidade.
Ela precisava de 308 votos e de 395 pessoas obteve 393. Com a aprovação da PEC-300 o piso nacional para soldado ficará em R$ 3.500 7 e o de oficial R$ 7 mil.
quinta-feira, 20 de maio de 2010
Votação da PEC 300 é mais uma vez adiada no DF
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