A ameaça de greve feita por soldados da Polícia Militar, na possibilidade de não receberem gratificação similar a de policiais civis, no valor de R$ 500,00, reacendeu a crise existente na instituição, como também revelou a suposta situação caótica em que trabalham os militares.
De acordo com a Associação dos Policiais e Bombeiros Militares (APBM), caso não tenham seus pleitos atendidos, será deflagrado o movimento Polícia Legal, “onde não mais será feita vista grossa para as supostas irregularidades que ocorrem no trabalho diário”.
Os policiais só farão o trabalho ostensivo se a viatura estiver com pneus em bom estado e dentro de todas as normas do Código Nacional de Trânsito; se o policial for habilitado para dirigir aquele veículo; se possuir colete e munição dentro do prazo de validade; e se receberem pagamento antecipados de diárias de viagens em missões ao interior. Os bombeiros também passariam a cobrar novos equipamentos.
De acordo com comandante-geral da PM, coronel Gleisson Vitória, as denúncias feitas pela APBM não procedem. Ele afirma que não existe isonomia entre as polícias e que toda vez que uma polícia ganha um benefício, outra pleiteia o mesmo.
“Nosso policial militar já ganha o auxílio-alimentação no valor de R$ 500,00. Ele quer uma gratificação neste mesmo valor para competir com a Polícia Civil. A situação não é como o sindicato está afirmando, estão levando a questão para o lado político”, criticou Vitória.
Segundo ele, a Polícia Militar tem investido no policial com a realização de curso e aquisição de novos equipamentos. Novecentos coletes balísticos, 50 mil munições e 34 viaturas devem ser adquiridos em até 90 dias; novos equipamentos para o Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais), como granadas, escudos, cones, bastões e algemas, também serão comprados. A verba é da Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública), com contrapartida do Estado.
“Também estamos recebendo equipamento para o policiamento ostensivo, e pneus novos não faltam no estoque do Estado. Ninguém dirige viatura sem habilitação específica para o veículo, e os motoristas passarão por um curso de direção operacional. Tudo não passa de discurso vazio para causar uma sensação de insegurança na população e com o público interno”, ponderou o comandante.
Os policiais militares deram um prazo até hoje para que o Governo do Estado informe se irá conceder ou não a gratificação no valor de R$ 500,00. Caso o pleito não seja aceito, a operação Polícia Legal será deflagrada na próxima terça-feira, 6.
Os militares realizaram uma paralisação ano passado que durou um mês. Eles pediam equiparação salarial aos agentes de polícia, ou seja, um reajuste de 43%, mas conseguiram apenas 14,5%, parcelados em duas vezes, em cima do salário bruto. O valor líquido chegou a quase R$ 70,00.
OUTRO LADO – Procurado pela reportagem, o Governo do Estado não informou se irá ou não conceder a gratificação. (A.T.)
terça-feira, 30 de março de 2010
Governo deve dizer hoje se concede reajuste a PM
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