quinta-feira, 25 de março de 2010

PMs e professores também cobram aumento

folha O atendimento parcial às reivindicações de policiais civis, que inclui o acréscimo de R$ 500,00 em seus proventos, referente ao auxílio-alimentação, trouxe de volta ao debate entre o funcionalismo público a política salarial diferenciada praticada pelo governo estadual. Professores, policiais e bombeiros militares não descartam uma possibilidade de greve, caso não tenham seus pleitos igualmente atendidos.  
Depois do anúncio de que os policiais civis fariam uma paralisação de advertência, o governador Anchieta Júnior (PSDB) convocou anteontem uma reunião com representantes da categoria e acatou sete das nove exigências. A mais importante, referente às promoções funcionais, as quais fazem jus desde 2007, ficou para depois das eleições.
Outra categoria também agraciada recentemente com reajuste é a de servidores da Cerr (Companhia Energética de Roraima), que ganhou aumento de 5,8%. O acréscimo é resultado de um acordo coletivo feito entre governo e sindicato. O benefício deve ser creditado aos trabalhadores a partir do próximo salário.
Diante deste cenário, outras categorias do funcionalismo público, principalmente de professores, policiais e bombeiros militares, cobram o mesmo tratamento: pagamento da data-base e aumento para compensar as perdas salariais dos últimos anos.
Em abril de 2008, o governo concedeu reajuste salarial de 35% às categorias de nível superior do funcionalismo público, 10% para outras de nível intermediário e 74% para os engenheiros. Os professores que tinham ficado de fora ganharam 10% depois de uma greve.
Ano passado, os trabalhadores em educação realizaram nova manifestação e cruzaram os braços por mais 30 dias pedindo o pagamento do percentual restante do aumento e o reajuste da data-base, marcado para fevereiro e nunca pago. O movimento perdeu uma batalha judicial, e os educadores não tiveram seus pedidos atendidos.
Agora, o Sinter (Sindicato dos Trabalhadores em Educação) está mobilizando os professores para uma assembleia geral que deve ser realizada na próxima semana. A categoria diz não entender por que alguns servidores são reconhecidos e cobram tratamento isonômico.
“Tentamos diálogo várias vezes com o governo e a Secretaria de Educação, mas não obtivemos nenhuma resposta. A greve é a última instância em que os professores recorrem, mas, se precisar, entramos sim”, alerta Rosinha Araújo, vice-diretora do sindicato.

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